08 Mar Dia da Mulher
O dia da mulher é um dia de comemoração sobre todos nós – sobre as conquistas dos direitos humanos, sobre a força e coragem de muitas mulheres que ao longo da história têm contribuído, com bravura e determinação, por um mundo mais justo, procurando eliminar qualquer fonte de discriminação associada à condição de ser mulher.
Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu oficialmente este dia e que serve para relembrar, ano após ano, o lugar de conquista e luta que as mulheres provenientes de diferentes contextos étnicos, culturais, socioeconómicos e políticos, ainda travam em todo o mundo. Pois apesar de se reconhecer avanços fundamentais nos direitos das mulheres, sabemos que caminhar numa efetiva igualdade de género é um desafio diário, profundo, de cariz social e político, mas sobretudo, emocional e psicológico.
Os papeis sociais e a forma como as relações (mais especificamente as íntimas) continuam, muito frequentemente, assentes em heranças educacionais e culturais profundas, limitam uma verdadeira mudança e afirmação individual. E por isso hoje refletimos sobre a saúde mental da mulher, questionando:
Quanto das suas escolhas são absolutamente sintónicas com o precisam, querem, sentem ou idealizam?
Quanto das escolhas das mulheres provêm de cargas geracionais, heranças culturais, expetativas relacionais, que reduzem as suas possibilidades?
Como poderemos, como sociedade, contribuir para um lugar mais justo, equilibrado, responsivo e seguro onde todas as mulheres sintam que têm acesso ao que realmente precisam?
Como poderá a psicoterapia ajudar nessa consciencialização e empoderamento, individual e coletivo?
Para melhor comemorar este dia, deixamos três sugestões, para todas as idades:
Exposição As Mulheres de Maria Lamas, em exibição no Átrio da Biblioteca de Arte Gulbenkian, em Lisboa. Esta exposição mostra pela primeira vez em Portugal a obra fotográfica de Maria Lamas (1893–1983), jornalista e escritora, pedagoga e investigadora, tradutora e fotógrafa, lutadora pelos direitos humanos e cívicos em tempos de ditadura.
Livro para os mais novos: Mulheres sem Medo – 150 anos de combate pela liberdade, igual, sororidade, de Marta Breen e Jenny Jordhal. É uma novela gráfica que cobre 150 anos de história do feminismo.
Música para toda a família: Disco Calíope (2023). Marta Hugon convida oito artistas portuguesas que se juntam para celebrar a criação e composição no feminino. Um novo repertório que, além do papel de intérprete, exalta a mulher enquanto criadora, reinventando o papel da musa inspiradora.
Isabel Ferreira, Psicoterapeuta na Pessoalmente ®
Esperemos que tenha gostado e que o tema possa servir curiosas reflexões, bem como explorações internas/ externas! Partilhe com (ou identifique no texto) todas as pessoas a quem sinta fazer sentido esta leitura… Comente sobre outras conquistas de direitos humanos ou deixe-nos sugestões de tópicos relacionados. Todos os contributos muito bem vindos!